Projeto Rooty Roofs é um dos dez finalistas da competição internacional “Thought for Food”

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Por Bruna de Alencar  

Imagens: Divulgação

“Como alimentar 9 milhões de pessoas em 2050?”. Solucionar essa problemática não será algo fácil. Contudo, o grupo composto de estudantes da Escola Politécnica e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, finalista do concurso “Thought for Food”, competição internacional que busca respostas para o problema mundial da fome através de projetos universitários inovadores, parece estar há poucos passo de solucionar essa questão.

Idealizado pelos jovens Daniel Ricci, Eloi Alves Ferracioli, Igor Ciambelli e Guilherme Arvate Álvares, o projeto Rooty Roofs é um dos dez finalistas da competição internacional. Inicialmente, o concurso contava com 336 grupos representantes de 51 países.Os projetos competem pelo prêmio de 10 mil doláres, monitoria, workshops, eventos de networking e exposição pública de suas idéias.

Segundo o estudante Daniel Ricci, o projeto consiste em proporcionar o uso integrado da cobertura de prédios e estabelecimentos para a prática de agricultura sustentável em cidades, para garantir segurança alimentar e nutricional.

Cada topo de prédio produziria um determinado tipo de hortaliças e legumes usando técnicas que otimizem a produtividade para aquela determinada cultura, monitoramento automatizado das condições de umidade e temperatura, irrigação inteligente e precisa “Estes procedimentos nos permitirão otimizar a utilização dos recursos, poupando água e energia.Nossa intenção é atingir uma produção de baixo custo, podendo oferecer ao consumidor um produto de maior qualidade à preços convencionais de mercado.”

Os pilares de Rooty Roofs são implementar um efetivo sistema de agricultura urbana capaz de ser replicado em toda grande cidade do mundo, promover desenvolvimento local no âmbito social, econômico e ambiental através da otimização dos recursos existentes e prover alimentos frescos, saudáveis e localmente produzidos, reduzindo custos logísticos e diminuindo as perdas de transporte associadas.

O projeto é pioneiro na abordagem de integração das diversas células/topos. Já existem hortas urbanas mas atualmente elas não conseguem prover alimentos em grande escala.

“A sociedade é a principal beneficiada do nosso trabalho”, afirma os estudantes. Para o time, além de ter acesso a um alimento mais barato e mais saudável, os moradores [dos prédios que receberão o protótipo] perceberão melhorias no próprio bairro, pois além deles receberem um valor pelo aluguel do topo do prédio, empregos são criados no local e há uma tendência que os governantes promovam uma redução de imposto para propriedades produtivas e ecológicas, o clima urbano melhora através da redução do efeito das ilhas de calor e a cidade se torna mais agradável para se viver e ambientalmente correta através da produção local

No momento, o projeto está sendo estruturado como uma empresa Start Up. Nas próximas semanas será feito um protótipo para apresentar para os investidores e interessados no Thought For Food, evento que ocorrerá em Lisboa, nos dias 13 e 14 de fevereiro, onde será anunciado o vencedor do prêmio final de 10 mil dólares para implantação da ideia em escala experimental.

“A nossa principal expectativa atualmente é chegar em São Paulo depois de Lisboa e transformar o projeto em uma start-up, efetuando as experimentações e contatos institucionais para começar a estruturar e produzir”, conta Ricci.

Apesar das dificuldades de dar continuidade ao projeto simultaneamente às outras tarefas da faculdade e do estágio, o grupo permanece otimista e orgulhoso do trabalho desenvolvido. “Me sinto bastante realizado, pois nosso projeto se insere no empreendorismo social como uma empresa que visa não apenas o lucro, mas também o bem estar econômico, social e ambiental”, afirma Ricci.

 

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Rooty Roofs