Integrando a comunidade São Remo com Museus da USP: o patrimônio cultural, natural e artístico numa perspectiva conjunta de aprendizagem

Unidade Sede e Curso(s)  do Projeto: Museu de Arqueologia e Etnologia

Unidade(s) colaboradoras e  Curso(s):  Museu de Arte Contemporânea, Museu de Anatomia Universitária da FMVZ e ONG Espaço Girassol

Coordenador e contato: Camillo de Mello Vasconcellos – cmvasco@usp.br / mauricio.andre.silva@usp.br – 3091-4905

Equipe: Mauricio André da Silva, Maria Ângela Serri Francoio,  Mauricio Cândido da Silva, Carla Gibertoni Carneiro, Viviane Wermelinger Guimarães,  técnico especialistas de Museus.

Eduardo Rosa de Mendonça Costa (História), Laurence Robert Gilman (Biologia) e Nuria Nogueira (Artes) alunos(as) da graduação da USP.

Bárbara Carreiro Figueiredo, Sâmara Souza, Tauane Brabo da Silva professoras da ONG Espaço Girassol.

Resumo do Projeto: O projeto amplia a atuação dos museus da USP (Museu de Arqueologia e Etnologia, Museu de Arte Contemporânea e Museu de Anatomia Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia) com a comunidade de crianças em situação de vulnerabilidade social da favela São Remo (ONG Espaço Girassol, situado próximo ao campus Butantan). Por meio de uma proposta interdisciplinar, inclusiva e inovadora pretende-se fortalecer a função educativa e social das instituições museológicas  e, ao mesmo tempo, ampliar o repertório cultural e pedagógico dos alunos de graduação da USP.

https://jornal.usp.br/universidade/acoes-para-comunidade/museus-da-usp-integram-criancas-a-universidade-com-brincadeira-e-aprendizado/

 Resultados do Projeto: A atuação conjunta do MAE, MAC e MAV com a ONG Espaço Girassol tem possibilitado ao universo de 30 crianças moradoras desse espaço, o contato com as pesquisas e temas desenvolvidos pelas 3 instituições de forma qualitativa. A Universidade passou a fazer parte do imaginário simbólico e afetivo das crianças moradoras da favela, assim como vem gerando uma série de expectativas de quando retornarão aos mesmos locais. Da mesma forma, as famílias moradoras da comunidade tem recebido com boas impressões o projeto e a Universidade vem reforçando seu papel social.

As Educadoras da ONG vêm se apropriando das temáticas desenvolvidas pelos museus e têm utilizado as mesmas em suas aulas e oficinas. O projeto possui um caráter qualitativo como base, pois optou trabalhar com as mesmas 30 crianças ao longo de todo projeto de um ano.  Portanto, as ações buscam estabelecer e aperfeiçoar vínculos simbólicos e afetivos entre as crianças da ONG, suas respectivas famílias e os profissionais dos museus envolvidos. Consideramos que os resultados foram amplamente alcançados, de acordo com anexos (Planejamento das atividades; Relatório dos bolsistas). 

No que diz respeito aos resultados quantitativos ao longo deste ano, foram realizadas 36 oficinas que atingiram o universo das 30 crianças citadas acima, além de professores e familiares que integram a Comunidade São Remo.
Em relação aos impactos,  selecionamos:

  1. para os estudantes: Os estudantes estabeleceram um contato prático com as ações de extensão e pesquisa da Universidade. A cada semana, a equipe elabora, planeja e aplica oficinas relacionadas a um museu específico, que busca discutir temas pertinentes às instituições, assim como relacioná-los aos repertórios da comunidade atingida. A convivência diária dos estudantes com a equipe técnica e docente dos museus envolvidos, especialmente educadores e especialistas vem contribuindo para o crescimento profissional dos mesmos, assim como cria uma plataforma comum de trocas e aprendizados enriquecedores.
    Finalmente, há que se destacar também a rica convivência entre os bolsistas e as crianças da Comunidade do Jardim São Remo, num exercício contínuo de ação, reflexão e convívio com a diferença e os desafios de se trabalhar com um uma comunidade carente e com tantos problemas sociais e afetivos. 
  2. para a comunidade: A USP sempre se constituiu numa referência fundamental para a comunidade São Remo no que diz respeito a uma série de serviços e ações oferecidos, além de espaço de trabalho profissional de muitos moradores. Ainda existe uma série de barreiras reais e invisíveis que impedem o acesso de parcelas da comunidade aos serviços oferecidos pela USP.
    Dessa maneira, estarmos presentes nessa comunidade é uma forma de estreitar esses laços, aprofundando os vínculos dos museus universitários na ampliação de sua função social. Com isso os museus envolvidos contribuem para a ampliação de repertório das crianças pois permitem a ampliação de novos horizontes culturais. 

          3.para a Universidade: A Universidade cumpre um dos seus tripés relacionados à extensão e graduação que, por sua vez, reforça sua presença na vizinhança, especialmente na comunidade São Remo que possui uma história muito imbricada com a USP. Os estudantes envolvidos aprendem na prática o papel comunicacional e social dos Museus. Além disso, a atuação conjunta de três instituições museológicas que apresentam temas e proposições distintas, enriquece o exercício da interdisciplinaridade e fornece novas perspectivas de atuação para o corpo discente dessa Universidade.

E-mail: educativo.mae@usp.br